“Caridade, Esperança e Fé”: os três pilares da Igreja, mas também os três valores que melhor definem aquilo que é o Tripé. Como diz o nosso tão querido Papa Francisco: “Caridade é simples: adorar a Deus e servir aos outros” e, o serviço, o sairmos da nossa zona de conforto pelo outro, são uma constante no campo. E mesmo com tanta entrega, novas aprendizagens, sornas “perdidas” a cuidar da Grupeta, a beleza da semana acaba por residir no facto de recebermos em dobro o que damos, de termos a sorte de nos ser completamente transformada a forma de olhar para este dom que é a vida, de redescobrirmos o que verdadeiramente importa valorizar. E, tudo isto, é-nos dado por eles, pelos “cadeirinhas”, que sendo todos e cada um um exemplo vivo de Jesus me encheram o coração de fé e de esperança.  Por estas e por muitas outras razões como as amizades tão especiais que se criam, os momentos de oração em que o tempo parece parar, os animadores que são os primeiros a dar o exemplo, posso, com muita convicção e alegria, dizer que o Tripé é muito mais que um campo. O Tripé é uma lição de vida.

Caridade, Esperança e Fé” Uma experiência que vou levar para o resto da minha vida. Um pouco descabido? Não. O Tripé mudou-me e faz parte da pessoa que sou hoje. Eu chamo-me Martim, tenho 18 anos e tive a oportunidade de fazer 3 campos tripé. Tinha 14 anos quando arrisquei e decidi inscrever-me, sozinho e sem expectativas, num campo de férias diferente de todos. Um campo onde passamos uma semana com um grupo espetacular. O toque de “diferente” que este campo tem comparado com os outros é o facto de aceitar um grupo de pessoas com paralesia cerebral, a Grupeta. São estas pessoas que fazem com que este campo seja único. No meu primeiro ano estava nervoso e um pouco assustado quando interiorizei que ia conviver com pessoas que, de certa forma, necessitam de um apoio especial. Eu sentia-me assim porque nunca tinha tido essa experiência. Contudo, logo no primeiro contacto apercebi-me que são pessoas extraordinárias que mudaram a minha perspetiva. Cada ano teve o seu toque especial e em cada ano eu cresci. Fiz amizades que vou levar para sempre comigo, criei memórias e vivi tantos momentos incríveis. Não sei se que consigo dizer qual foi a melhor parte. Não sei se foram os jogos, os momentos de oração, os momentos de partilha, a tão esperada “hora do banho” ou até mesmo os chamados “tempos mortos”. Foi tudo memorável! São 7 dias que passam a correr. São 7 dias que levo para uma vida. Arrisquei ao inscrever-me e fui compensado. “Não tenhais medo”- Tripé’19

Tirei muito de todos os campos que fiz, mas se tivesse de escolher o campo que mais me mudou, escolheria o Tripé! É um campo único e uma experiência tremenda! O Tripé fez-me crescer como pessoa, tornou-me mais disponível para as outras pessoas e a abraçar a vida de uma maneira diferente. São 7 dias, que infelizmente passam a correr, onde, se vê uma união intensa, em todo o grupo de animados, que fez sem dúvida o campo ser ainda mais especial! Levo do Tripé grandes amizades e que ficam para a vida. Todos os animadores, cada um com as suas virtudes, acompanharam-nos neste caminho para crescermos juntos na fé. E claro, todos os testemunhos, fizeram-me mudar a minha perspetiva da vida. O aspeto que mais me tocou, foi, sem dúvida, a grupeta. São pessoas que nos transmitem uma alegria contagiante, mesmo com todas as adversidades. A determinação que me passaram fez com que me conhecesse melhor e caminhasse sempre na direção certa. No início, quando ainda não os conhecemos, temos uma imagem diferente do que aquilo que no fim se vê. No fim, falamos com eles com toda a naturalidade e fazemos amigos para a vida. São talvez as pessoas que mais se sobressaem no campo. O Tripé faz-nos levar esta vivacidade e genuinidade para as nossas vidas, faz com que nos tornemos mais disponíveis a Deus e encoraja-nos a levar esta capacidade do serviço para o nosso dia-a-dia.